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Open Delivery permite que diversos atores se comuniquem de modo eficiente, na construção de cardápios e no acompanhamento de pedidos

“O objetivo do Open Delivery é auxiliar no crescimento digital do segmento de bares e restaurantes para atender seus consumidores, reduzindo prejuízos e golpes”, diz Vitor Magnani, presidente da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O). Foto: Canva

“Há uma maneira de fazer melhor, então trate de encontrá-la”. A frase do inventor Thomas Edison nunca perde o frescor. Não importa o quão consolidado é o mercado ou a atividade, sempre haverá um jeito de fazer algo de modo diferente – e melhorar. A entrega de comida preparada não é um mercado novo, mas vem passando por transformação acelerada.

Milhões de pessoas usam seus smartphones todos os dias para pedir uma refeição quentinha. Mas o modo como o mercado se consolidou mostrou-se – também de modo muito rápido – pouco produtivo e transparente. Havia uma clara oportunidade de melhoria.

E a resposta a essa oportunidade chama-se Open Delivery, o padrão que permite que diversos atores se comuniquem de modo eficiente, na construção de cardápios e no acompanhamento de pedidos.

A compreensão desta oportunidade, a ousadia e a habilidade de articulação (além do preparo e experiência com governança) capacitaram a Abrasel a liderar o processo de criação e implantação deste padrão. Desde o princípio, o que norteou todo o desenvolvimento foi o princípio de “open source”: o projeto está permanentemente aberto a contribuições, possibilidades, iniciativas.

Mas vai sendo desenvolvido com etapas bem definidas e acompanhamento constante, de modo a garantir as entregas e os passos de implantação.

Grandes empresas ligadas ao universo da alimentação fora do lar perceberam o valor de se associar ao Open Delivery, contribuindo para a sua realização, empenhando inteligência e profissionais de ponta na construção do padrão. E o que era um movimento para democratizar e abrir portas para a inovação no mercado caminha agora para se tornar uma comunidade.

Mas antes de falar disso, precisamos contar um pouco da evolução do mercado e de como se encontra o projeto hoje.

Os marketplaces hoje no Brasil, em sua maioria, nasceram como aplicativos de entrega de comida preparada. O problema são os parâmetros diferentes entre eles para construção do cardápio ou processamento dos pedidos. Ao uniformizar isso, o Open Delivery atua para tornar mais eficiente a integração entre aplicativos, sistemas de gestão, sistemas de logística e de pagamentos. E acompanha a evolução natural do mercado.

A sua evolução orgânica ocorre em dois níveis paralelos. No primeiro, de um projeto passa a ser um movimento - na medida em que várias empresas emprestam sua contribuição para a construção – e caminha para ser uma comunidade, com atores externos à governança adotando e ajudando no desenvolvimento e disseminação.

No segundo nível, de um padrão focado em cardápios, ele também pode uniformizar a integração de logística, tornando mais eficiente e rápido um dos pontos mais sensíveis de qualquer operação. Com o avanço do projeto, hoje mais de 60 empresas de software já implantaram ou estão em processo para implantar o padrão. Isso inclui as duas maiores do setor de software de gestão Linx e Totvs.

Além delas, as duas das mais importantes integradoras de delivery, Hyperlocal e Quiq, também já adotam o Open Delivery. E quatro grandes marketplaces já se encontram em processo de integração: Americanas Delivery, Inter, Pede Pronto e Rappi. Na governança as empresas como Ambev, Alelo/Pede Pronto, Rappi, Sodexo, Stone, Ticket e Quiq deram sua contribuição ao projeto.

Algumas iniciativas espontâneas já demonstram a capacidade do Open Delivery de plasmar uma comunidade. O projeto ACBr (acrônimo de Automação Comercial Brasil), por exemplo, desenvolveu um componente Open Delivery, um código de programação que torna mais fácil incorporar o Open Delivery a sistemas diversos.

E a empresa Programmer’s implementa duas funcionalidades para quem está adotando o Open Delivery: um simulador e um validador. O validador é um ambiente em que um programador submete o cardápio e recebe a avaliação se está correto. Depois o simulador mostra o cardápio como fosse um site, de modo visual, permitindo o aprimoramento da interface.

Hoje ele já causa este impacto: prestes a completar dois anos, tendo entregue todos os compromissos assumidos, focando agora na disseminação e plena adoção entre empresas que adotam o padrão, está pronto para fazer a diferença na ponta, para os bares e restaurantes.

E isto permite sonhar ainda mais alto: que os padrões se tornem o padrão absoluto de referência para integrações, por exigência do próprio mercado. Nacional e (por que não?) de muitos outros países.

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