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Mesmo com um cenário econômico desafiador, o setor atingiu um gasto histórico de R$61,1 bilhões no consumo

O tíquete médio, em R$ 19,70, permaneceu estável, refletindo as escolhas cotidianas dos consumidores que priorizam refeições matinais e almoços. Foto: Midjourney

O segundo trimestre de 2024 trouxe alertas importantes para a economia brasileira no setor de alimentação fora do lar. Apesar do baixo desemprego, do rendimento médio em crescimento e da inflação controlada, o Banco Central interrompeu o ciclo de corte de juros e a reforma tributária trouxe complexidades para o ambiente de negócios, e a dificuldade do governo para equilibrar as contas públicas ocasionou uma forte depreciação cambial.

Consequentemente, as empresas postergam investimentos e o consumo não mostra robustez nem crescimento consistente, criando um clima de incertezas que prejudica tomadas de decisão. No entanto, o setor demonstrou uma resiliência notável.

De acordo com o CREST, no segundo trimestre de 2024, o gasto do consumidor no setor atingiu R$61,4 bilhões, o maior nível histórico registrado, com um crescimento de 3% em relação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento de 4% no tíquete médio.

Estabilidade do tíquete médio

Embora tenha permanecido praticamente estável em relação ao segundo trimestre de 2023 (-1%), o tráfego mostrou a melhor performance dos últimos 12 meses, crescendo 25% em relação ao primeiro trimestre de 2024. O tíquete médio, embora elevado, mostra estabilidade nos últimos nove meses.

O tíquete médio, atualmente em R$19,70, não deve ser confundido com o preço praticado pelo operador para cada produto ou oferta. Ele reflete um mix de produtos da cesta de consumo, quantidade de pessoas na visita e diferentes hábitos de consumo.

Os elevados patamares do tíquete médio contribuem para o consumo retraído. Segundo o estudo "Tomorrow’s Consumer 2023" da Mosaiclab, 66% dos consumidores brasileiros reduziram sua frequência em restaurantes, bares e delivery devido à necessidade de cortar gastos.

Para 30% dos brasileiros, o aumento de preços dos últimos anos afetou significativamente suas decisões de consumo, conforme apontado pelo "FoodCompass", estudo divulgado durante a NRA Show em Chicago.

Escolhas de consumo

O orçamento do consumidor é único e inclui gastos com viagens, financiamentos, compras de roupas, móveis, eletrodomésticos, despesas essenciais de casa, transporte e alimentação. Essas escolhas diárias impactam o consumo no setor de alimentação fora do lar. Refeições matinais e almoços cresceram no segundo trimestre de 2024, enquanto refeições noturnas diminuíram. Isso indica que o consumidor prioriza o consumo necessário do dia a dia em detrimento do consumo de lazer.

Para enfrentar esse desafio, é importante que empreendedores do setor criem estratégias que ofereçam preços mais atrativos, promoções, e que atendam diferentes públicos e ocasiões de consumo, mas sem comprometer seus orçamentos.

*Conteúdo feito com informações do Mercado & Consumo

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