Trump está de volta, e o impacto deve chegar no Brasil em breve. E não, isso não é só papo de mercado financeiro ou oscilação na bolsa.
Estamos falando da economia real, aquela que pega no dia a dia, nos preços e nos custos de operação das empresas. Com o dólar nas alturas e uma política forte para proteger a indústria americana, o cenário não é dos mais leves para quem empreende por aqui.
O dólar alto significa que qualquer insumo importado fica mais caro. Se o seu negócio depende de matéria-prima de fora, já pode se preparar para ver a conta subir.
Além disso, o fortalecimento da produção de petróleo nos EUA tem um impacto direto no preço global do combustível. Resultado? Gasolina mais cara, e todo o custo de transporte e logística dispara – afetando desde o frete até o café que chega na sua mesa.
E não é só o custo dos produtos que aumenta. Trump volta com uma agenda de protecionismo pesado, mirando tarifas sobre importados e reforçando a competitividade do produto americano.
Para quem exporta, isso é uma barreira clara. Dependendo de um único mercado de destino, qualquer empresa corre o risco de ficar vulnerável. E quem não exporta também sente o baque: com a produção americana competitiva globalmente, a pressão no mercado interno aumenta.
E tudo isso gera um efeito em cadeia. Com custos de produção subindo, a inflação sente o impacto, e o consumidor final começa a gastar com mais cautela. Ele se torna mais exigente, escolhendo bem onde colocar o dinheiro.
Só repassar os custos para ele? Pode até parecer o caminho mais fácil, mas é um tiro no pé. Quem não agregar valor ou oferecer uma experiência diferenciada pode ver a demanda minguar.
Outro ponto crítico é o crédito. Com o capital estrangeiro sendo redirecionado para os EUA, onde os investidores buscam a segurança de um dólar forte e juros altos, o crédito no Brasil fica mais escasso e caro.
Para quem está na fase de crescimento ou precisa de investimento, esse cenário é um freio. Juros altos limitam o fôlego de empresas que dependem de crédito para expandir ou até mesmo sobreviver em um ambiente de pressão de custos.
Em resumo, o retorno de Trump traz uma nova fase para a economia brasileira, com um cenário mais desafiador para quem empreende.
E aí, sua empresa está preparada para lidar com custos em alta, um consumidor mais seletivo e crédito restrito? Em tempos de aperto, só quem consegue se reinventar e entregar valor de verdade sobrevive.
*Alberto Weisser é CEO da Lucy, primeira plataforma de marketing que utiliza IA para empoderar pessoas empreendedoras e impulsionar negócios que buscam formas de aumentar suas vendas.